Vamos direto ao assunto! Sim, é possível reabilitar a visão da criança com ambliopia, mesmo acima dos 8 anos de idade, quando se atinge a maturidade do desenvolvimento visual. Até mesmo quando adulto.
Infelizmente ainda há médicos dizendo que não há muito o que fazer no tratamento tardio da ambliopia. Crescem os receios, morrem as esperanças… Mas não é bem assim e não entendo porque dizem isso, enquanto existem diversos estudos mostrando exatamente o contrário.
Talvez assuste o fato de que há mais do que a acuidade visual para recuperar na pessoa amblíope. A efetiva neurorreabilitação compreende também a recuperação ou aquisição da acuidade estereoscópica (visão 3D), cromática e de sensibilidade ao contraste, entre outros aspectos.
A boa notícia é que já existe uma corrente de oftalmologistas que recomendam associar a terapia visual ao uso do tampão para ajudar a reverter isso.
Embora neste universo da saúde ocular não seja tão frequente ouvir profissionais falarem de neurovisão e de um tratamento multidisciplinar, eu não vejo outra perspectiva para abordar aqui com você. Afinal, vemos com o cérebro, através dos olhos. Por isso, entrevistei o professor Leandro Rhein, neurocientista, terapeuta visual, escritor e proprietário do Rhein Institute. Acompanhe tudo aqui!
A estimulação visual é indispensável ao tratamento da ambliopia?
Nestes quase 15 anos de prática clínica observei que o tratamento exclusivo com tampão ocular nem sempre tem resposta satisfatória e nesses casos iniciamos a terapia visual.
Existem quatro componentes neurovisuais: a acuidade estereoscópica, a acuidade cromática, a acuidade de sensibilidade ao contraste e a acuidade visual. E quando a gente fala em oclusão, só pensa na acuidade visual, talvez na sensibilidade ao contraste.
Ao conquistar uma visão 20/20 em ambos os olhos, não quer dizer que o paciente já esteja reabilitado. Assim como você reabilita um braço que perdeu o movimento, você primeiro faz fisioterapia e depois que ele está reabilitado você ensina aquele braço a ser reinserido naquele corpo. Ou seja, o corpo precisa entender que o braço vai voltar a ser usado, uma vez que ele havia criado mecanismos para compensar o desuso. No olho amblíope é a mesma coisa.
Então, além de reabilitar a visão, eu trabalho para reabilitar o paciente binocularmente, para que ele tenha todos os componentes neurovisuais 100% funcionais ou próximo disso.
Qual o primeiro passo para reabilitar o paciente amblíope?
O êxito da neurorreabilitação visual depende da aderência ao tratamento. Conversar com o paciente e os pais é o primeiro passo.
Eles muitas vezes não reconhecem a importância, especialmente as crianças. Como enxergam bem de um olho e a perda da acuidade e da funcionalidade visual não é uma coisa tão fácil de ser percebida, é importante mostrar essa necessidade.
Eu até relato em um de meus livros um trabalho filantrópico para tratamento da ambliopia que o Instituto fez em uma favela. Tivemos dificuldade de aderência e contamos com o apoio de uma psicóloga. Ela atuou em grupos usando a abordagem fenomenológica existencial e com isso houve uma melhor adesão à terapia.
É importante que o paciente tenha consciência das consequências de se viver com ambliopia. Eu faço um treinamento com os pais e eles viram coterapeutas em casa, entendem o que estão trabalhando.
Quais técnicas você utiliza?
Eu uso um mix de técnicas: ortóptica, terapia visual, optometria comportamental e neurovisão. Além de outras quatro que desenvolvi – reeducação visuopostural, visuopostural oclusal, visual biofeedback e psicotrônica visual.
A nutrição é também uma área de estudo que uso para orientar o tratamento dos meus pacientes. A falta de nutrientes e a ingestão de alguns alimentos atrapalham o processo de reabilitação visual.
Assim como a educação física, que me agregou conhecimentos sobre fisiologia, cinesiologia e a biomecânica do movimento. No caso do amblíope, existe todo um reajuste corporal para o seu corpo usar um só olho. Há impactos na cervical, nos pés, na coluna, no crânio, no equilíbrio e no sistema manducatório (mastigação).
Por isso, eu faço uma análise global e sistêmica dos meus pacientes, incluindo análise postural, da mordida e testes de equilíbrio. É um trabalho multidisciplinar.
Mas o tratamento não é igual para todos. É importante alertar sobre isso. Cada paciente é um mundo a se explorar e para isso ele deve ser avaliado.
Por exemplo, se ele não tem uma alteração postural de cervical, ou uma posição de cabeça, ou um ajuste ergonômico para poder ler e escrever, eu não vou fazer um exercício que demande equilíbrio ou postura. Bem como há pessoas com boa acuidade estereoscópica, enquanto outras não têm.
Além do mais, embora seja natural que o cérebro inicialmente responda bem a um estímulo, após 6 a 9 meses aquele estímulo pode não ser mais adequado.
Como você avalia a ambliopia em crianças acima de 8 anos?
Desde 2006, quando escrevi meu primeiro livro, eu já mostro que existe a possibilidade de reversibilidade da ambliopia após 8-10 anos.
Eu explico aos pacientes que quanto mais cedo a abordagem, melhor o resultado e mais rápido. Porém, eu atendo pacientes de diversas idades. Já atendi muitos casos de 16 anos que concluíram a terapia com a visão 100% reabilitada.
Existem diversos estudos sobre ambliopia tardia, ambliopia adulta que demonstram a possibilidade de reversibilidade até os 24 anos. A partir daí é tentativa, mas temos resultados bem legais aqui no Instituto.
Eu tenho mais ou menos uns 600 casos ou mais de reabilitação de pacientes. Um caso emblemático é de um rapaz albino, com 24 anos na época. Ele tinha baixa visão (20/400), ambliopia e nistagmo. Em dois anos, ele passou de visão de 20/400 para 20/40. Mesmo que não tenha havido total reabilitação, é um resultado ótimo considerando a idade e as alterações visuais decorrentes do albinismo.
Impressionado com sua própria reabilitação, ele buscou formação na área e tornou-se técnico em optometria.
Ambliopia, o que é? O que causa?
Ambliopia é o termo médico para o chamado “olho preguiçoso”. Acontece quando a visão não se desenvolve plenamente em um ou ambos os olhos. Não é possível enxergar bem, mesmo com o uso de lentes/óculos.
Um olho tem boa visão e outro não. Ou um tem uma visão melhor que a do outro. Assim, o cérebro recebe imagens distintas de cada olho, o que gera um tipo de concorrência entre eles. O cérebro acaba por escolher a melhor imagem e descartar a outra, enfraquecendo a visão do “olho ruim”, ou do “pior olho”.
As causas para a baixa visual podem ser:
- o estrabismo, quando há o predomínio de fixação de um dos olhos;
- os erros refrativos como a miopia, astigmatismo e hipermetropia em elevados graus (dioptrias) e não corrigidos; ou diferenças acima de 2,0 dioptrias entre os dois olhos, o que prejudica a interação binocular;
- a privação de luz na retina decorrente de problemas físicos como a catarata congênita, a ptose palpebral, as opacidades vítreas, o leucoma corneano etc.
A ambliopia nem sempre é perceptível sem um exame oftalmológico, pois a pessoa consegue ver somente com o olho bom (ou que vê melhor).
Impactos da ambliopia
Para que a criança enxergue bem, seu córtex cerebral precisa receber de cada olho imagens simétricas e nítidas, e ser capaz de realizar a fusão delas. Isso não acontece se houver ambliopia.
Com ambliopia, perde-se a visão binocular – a capacidade de ver em três dimensões (3D). A criança não adquire ou perde a noção de profundidade e de distância. E ela também tem o seu campo de visão reduzido e a percepção espacial comprometida.
Pessoas com ambliopia podem ainda apresentar menor sensibilidade ao contraste.
Além disso, um estudo americano coordenado pela Retina Foundation revelou que crianças com ambliopia leem mais devagar que as outras.
Carreira – dependendo do comprometimento da visão, a pessoa amblíope pode ser impedida ou ter dificuldades em atuar em muitos segmentos profissionais: como atletas, cirurgiões, arquitetos, motoristas profissionais, pilotos, aspirantes às forças armadas etc.
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Sobre o Autor
Acredito que a informação transforma vidas, e assim nasceu este blog: um projeto pessoal, que tornou-me uma pesquisadora incansável sobre visão e aprendizagem. Hoje sou neurorreabilitadora visual e visuopostural. Tenho ambliopia e isto me motiva ainda mais! Estudando o universo da neurovisão, quero ajudar pais, terapeutas e professores com medidas importantes nos cuidados com a saúde ocular, o desenvolvimento visual e a baixa visão na infância. Saiba mais sobre a autora.
19 comentários
Os comentários estão fechados.
Como faço para conseguir fazer esse tratamento? meu filho de 15 anos tem ambliopia e o medico disse que não existe cura, gostaria de fazer o tratamento mas não encontro.
Obrigada
Oi, Núbia. Acompanhe o grupo de ambliopia [ https://www.facebook.com/groups/ambliopia/ ], em que faço parceria com o Prof. Leandro Rhein. Lá explicamos que há vários tipos de ambliopia e orientamos sobre quais cidades existem profissionais para o tratamento de ambliopia em crianças e adultos com a terapia de neurovisão. Por enquanto, São Paulo, Curitiba, Blumenau e Porto Alegre.
Boa tarde, meu filho teve um AVC com dias de vida e com 6 meses ele começou a apresentar estrabismo, ficamos apenas observando mas agora com 1 ano e 6 meses ele está caminhando uma ambliopia segundo o médico que indicou o uso de tampão nos próximos dias. O que vcs sugerem alem disso? Gostaria de uma segunda opinião.
Oi, Maria Clara!
Na verdade, sem ter acesso às avaliações e ao exame de ressonância magnética, podemos considerar a hipótese da ambliopia ser decorrente do estrabismo e que ela possa ser tratada com tampão e o quadro acompanhado periodicamente com o oftalmologista (a cada 3-4 meses seria o ideal). Para entender um pouco melhor, indico esta entrevista com a oftalmopediatra Cláudia Dettmer – https://www.visaonainfancia.com/tratamento-de-estrabismo/
Se não está segura, procure tirar todas suas dúvidas com o oftalmologista do seu filho, o que na hora da consulta muitas vezes deixa de perguntar – https://www.visaonainfancia.com/15-perguntas-para-o-oftalmologista/
Por outro lado, sempre aconselho seguir o coração de mãe. Se for o caso, procure segunda opinião e esteja aberta a opiniões semelhantes ou até mesmo divergentes, pois na medicina temos margem para condutas diferentes. O importante é você seguir a recomendação que trouxer confiança, para aderir de fato ao tratamento.
BOM ,COMO TANTAS OUTRAS MÃES,FOI DEMORADO ATRAVES DA REDE PUBLICA DE SAUDE DESSE PAIS,ENCONTRA UM PROFISSIONAL QUE EXPLICOU CLARO PARA ME O QUE MEUS DOIS FILHOS TINHAM NOS OLHOS,DEMOREI UM CERTO TEMPO PARA QUE A TERAPIA DE INCLUSÃO FOSSE PASSADA PARA ELES,E COM ISSO A NEGATIVA DE UMA MELHORA, ATE POR ESPECIALISTAS NO ASSUNTO QUE ATENDEM DE FORMA VOLUNTARIA EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM VISÃO AQUI DO RECIFE.
DESDE QUE DESCOBRI ME SINTO CULPADA POR NÃO PODER PROVER UM ATENDIMENTO MEDICO PARA MEUS FILHOS DE QUALIDADE E ME SENTIR INCAPACITADA DE AJUDA-LOS DE ALGUMA FORMA.
Fernanda, perceber alguns problemas visuais na infância é muito difícil. Especialmente porque a criança não sabe dizer e às vezes pensa que todos enxergam como ela. O tratamento de ambliobia precisa de um olhar humano do oftalmologista que atende a criança e os pais para a melhor orientação e suporte nas condutas de oclusão. Sinto muito pelo seu relato e lamento não conhecer quem em Recife possa lhe ajudar neste momento. É necessário um oftalmologista que avalie, prescreva o tampão ocular e acompanhe o paciente. Quero também lhe tranquilizar e dizer que sou amblíope, aos meus 42 anos. Sim, é possível viver bem com ambliopia, embora não seja normal. Normal não é, porque causa alterações na visão dos dois olhos que deveriam trabalhar juntos em equilíbrio, atrapalha em algumas atividades, na leitura, nos esportes… É importante cuidar para preservar a visão do olho bom, pois acidentes com brinquedos, ferramentas e quedas são mais frequentes em pessoas com abliopia! MAS não deixe de buscar bons profissionais que possam ajudar apesar da idade deles. Acredito que em breve mais e mais saberão conduzir o tratamento de ambliopia tardio.
É possivel corregir ambliopia em adulto 43 anos
Oi, Janice! Acho que já escrevi aqui nos comentários que conheci a técnica de tratamento de ambliopia adulta do Prof. Leandro Rhein e posso afirmar que há caminhos inclusive aos 43 anos. É preciso avaliação específica, programa de oclusão, terapia pensada caso a caso (porque há diferentes tipos de ambliopia e diferentes repercussões nas áreas visuais e visuoposturais) e compromisso do paciente… Há poucos profissionais que atuam em ambliopia tardia, inclusive poucos oftalmologistas que conhecem os caminhos da neuroplasticidade nesses casos. Confio que aos poucos vamos mudando essa realidade!
Olá , tenho 14 anos e queria saber se tem cura para a minha ambliopia refrativa ?
Diogo, eu estudei a técnica do Prof. Leandro Rhein para tratamento de ambliopia tardia e observei ótimos resultados em diferentes casos. Dependendo de que cidade é posso indicar um profissional apto nessa técnica de neurovisão.
Olá, tenho 25 anos, eu tinha estrabismo e aos 17 anos operei, porém o resultado, obviamente, foi somente estético.
A ambliopia me incomoda bastante, gostaria de saber se há tratamento tardio, e se poderiam me indicar algum médico especializado no assunto no RJ.
Oi, Diogo. Não conheço profissionais no Rio, mas indico que procure maiores informações com a equipe do Rhein Institute (11 98847-1717). Pode dizer que soube através do blog, esta publicação gera bastante interesse, mais do que imaginei na época da entrevista kkkk.
Ambliopia é um assunto que me interessa muito e acompanhei ótimos resultados nas terapias do Prof. Leandro, baseadas nas repercussões específicas de cada caso, em modulação neural e em orientações nutricionais.
Independentemente desta indicação, gostaria que relatasse aqui os aspectos da ambliopia que lhe incomodam mais. Gostaria de conhecer a sua vivência 🙂
Obrigada pelo contato!
Gostaria de saber se é possível fazer a cirurgia de ambliopia depois de adulto tenho desde pequena mais meu pai não quis fazer a cirurgia de.correcao quando pequena hoje do. 45 e possível
Ambliopia não resolve com cirurgia. A ambliopia é a diminuição da resolução visual medida em um dos olhos ou em ambos (menos comum), mesmo sem causa orgânica aparente. Ou seja, a pessoa amblíope não tem acuidade visual normal – 20/20 ou 100%, como dizem -, e o uso de lentes, óculos ou cirurgia não melhoram a visão.
A ambliopia é causada por alterações funcionais no cérebro, geradas principalmente ao longo do desenvolvimento visual na infância, porque houve uma correspondência anômala da visão do olho direito e do esquerdo. A causa por trás disso podem ser erros refrativos não corrigidos com óculos desde cedo, estrabismos, doenças oculares. Nessas condições, se cada olho vê imagens diferentes, para não gerar confusão e ver duplo, o cérebro inicia um processo de inibição da visão do olho de pior nitidez.
Por isso tudo o tratamento não resolve com óculos ou correção de erros refrativos, pois o problema não está no olho, mas no processamento visual no cérebro. Faria sentido se ao colocar os óculos você pudesse enxergar normalmente. Então, como não é assim que resolve, uma cirurgia que substituiria o uso de óculos, com certos riscos ao olho de melhor visão, não resolveria a ambliopia e os transtornos visuais que ela gera.
O tratamento em crianças e adultos é possível, com métodos e prognósticos diferentes, caso a caso. O resultado depende de um manejo médico adequado do regime de tampão ocular associado à terapia visual individualizada, orientações nutricionais entre outros. Há opiniões controversas sobre o tratamento em adultos, porém já presenciei casos com bastante êxito. Fico à disposição para esclarecimentos pelo WhatsApp.
Tenho87anos a pouco tempo percebi que quando leio fecho o olho direito pesquisandoacho que tenho Ambliopia,estou à 8anos com oftalmo eles não acham nada só receita óculos isso não aceito mais agora um oftalmo me disse que a diferença entre um olho e outro é dev4 graus Para eu ter certeza gostaria de ir à uma ortoptica Sua opinião obrigada
De qual cidade a senhora é? Acho importante estar segura com relação ao diagnóstico e as suas condições visuais. O teste básico de ambliopia é realmente avaliar a visão com um olho de cada vez e verificar se há diferença interocular, mesmo com o grau ajustado (usando óculos/lentes). Se houver condições, realize uma avaliação com outro profissional, oftalmologista, ortoptista, optometrista. Entretanto, a saúde ocular deve ser sempre acompanhada pelo oftalmo. Sabe que às vezes indico até oftalmopediatras para consulta de adultos… possuem as ferramentas para avaliar a visão de forma mais completa, verificando acuidade visual, oculomotricidade, sensibilidade de contraste, estereopsia…
Minha filha tem 9 anos e vai começar a usar o tampão para ver se recupera a baixa visão de um olho.
O oftalmo não me deu esperanças, mas mesmo assim eu quis tentar. Estou muito feliz por ler essa matéria, e a minha esperança aumentou. Que a minha filha seja mais um caso de crianças mais velhas que deu certo. Muito obrigada por nos ensinar, trazer esperanças, e dividir experiências. Adorei encontrar esse blog, estou aprendendo muito.
Estou no mesmo caso que vc… A médica não me deu esperança… Mais creio que Deus fará um milagre no meu menino!!!
Olá essa semana depois de dois anos seguidos com minha filha nessa luta ela melhorou da Ambliopia. Ela vai completar 10 anos e tratavamos apenas como estrabismo e corrigindo o óculos. Porém uma nova médica nos foi apresentada e ela nos assustou dizendo que nossa filha poderia perder a visão. Começamos imediatamente com o uso de tampão 8h por dia. Foi um sufoco… a cada 3 meses mudavamos a frequência do uso. Hoje ela está liberada. Foi uma batalha faze-la aceitar o uso. Mas valeu cada minuto…