O que você sabe sobre o teste do olhinho? Reuni aqui os aspectos mais importantes, que todos os pais devem conhecer. Infelizmente, nem sempre somos bem orientados e achamos que estamos fazendo tudo certo, não é mesmo?
O teste do olhinho é geralmente feito na maternidade por um médico neonatologista ou membro da equipe de enfermagem. A exigência do exame na triagem neonatal ainda não é uma realidade em todo o país, por isso é importante informar-se sobre a sua realização e gratuidade pelo SUS na sua cidade. Já as operadoras de planos de saúde em âmbito nacional têm obrigação de oferecer cobertura para o teste do olhinho.
O teste do olhinho deve ser refeito nas consultas pediátricas de acompanhamento do desenvolvimento do bebê.
O teste do olhinho é feito com um oftalmoscópio direto, que é um aparelho portátil. Ele permite ao médico projetar uma luz que atravessa todas as estruturas transparentes dos olhos (córnea, cristalino, humor vítreo) até atingir a retina (fundo do olho), onde essa luz é refletida. O reflexo vermelho ou em tons alaranjados, redondinho e equivalente em cor, intensidade e clareza em ambos os olhos é um bom sinal. Diferente disso, requer avaliação completa de um oftalmologista.
O teste do olhinho não diagnostica doenças. Apenas indica que há alguma alteração nas estruturas intraoculares (ou suspeita), a qual precisa ser investigada com exames de fundo de olho e/ou exames de imagem.
O teste do olhinho que não apresenta o reflexo vermelho, ou revela reflexo assimétrico, ou reflexo branco, róseo, amarelo claro, ou um reflexo irregular é motivo de alerta.
O teste do olhinho alterado pode ser indicativo de doenças graves, que impedem o desenvolvimento da visão: • Retinopatia da prematuridade • Catarata congênita • Glaucoma congênito • Retinoblastoma • Doença de Coats • Persistência hiperplásica de vítreo primário (PHVP) – ou vascularização fetal persistente • Descolamento de retina • Hemorragia vítrea • Inflamações e infecções intraoculares • Leucoma • Altas ametropias.
O teste do olhinho, sozinho, não é suficiente para garantir que está tudo bem com a visão do bebê. Além das estruturas oculares, é preciso que o córtex e as vias visuais estejam preservados para a criança enxergar.
O teste do olhinho não é infalível. Há situações não evidenciadas no teste, pela proporção ou localização da lesão nos olhos. Portanto, ele não substitui o exame oftalmológico nos primeiros 6 meses de vida. Se possível, até antes! Há doenças oculares que se descobertas após o 2º. mês já reduzem as chances de o bebê desenvolver bem a visão.
Olhos vermelhos nas fotos
Para você ter uma ideia, a luz do flash da câmera quando tira uma foto é um processo semelhante ao do teste do olhinho. Por isso, muitas vezes os olhos ficam vermelhos no registro.
Contudo, obviamente também não o substitui. Especialmente em bebês é bem difícil fazer essa foto.
A recomendação é acionar o flash, posicionar-se de frente para a criança e assegurar-se de que ela está olhando direto para a câmera. Qualquer angulação altera o resultado. A imagem deve mostrar nos dois olhos o reflexo vermelho igual.
Una-se a nós, por um novo olhar sobre o desenvolvimento e a aprendizagem da criança.
Faça como milhares de pais e profissionais que já recebem grátis
nossas publicações. cuidE da visão na infância e compartilhE O que aprende !
| Nossos emails são esporádicos e não lotam sua caixa de mensagens. |
Sobre o Autor
Acredito que a informação transforma vidas, e assim nasceu este blog: um projeto pessoal, que tornou-me uma pesquisadora incansável sobre visão e aprendizagem. Hoje sou neurorreabilitadora visual e visuopostural. Tenho ambliopia e isto me motiva ainda mais! Estudando o universo da neurovisão, quero ajudar pais, terapeutas e professores com medidas importantes nos cuidados com a saúde ocular, o desenvolvimento visual e a baixa visão na infância. Saiba mais sobre a autora.