Déficit de atenção, dificuldade de aprendizagem? Já pensou em levar seu filho ao oftalmo?

23/11/2017 0 Por Maria Amélia M. Franco
Déficit de atenção, dificuldade de aprendizagem? Já pensou em levar seu filho ao oftalmo?

Como seria aprender a ler e escrever se as palavras fossem embaçando ou parecessem sobrepostas? Seria uma missão impossível! Por isso quero que reflita: a dificuldade de aprendizagem do seu filho pode estar relacionada a problemas visuais.

Na escola, o aluno pode receber notas baixas por não conseguir reconhecer as ilustrações e as palavras em seu todo. Ele erra ao responder os exercícios propostos, afinal responde de acordo com o que vê e o que percebe (ou o que não vê).

Isso passa despercebido pelos professores, que avaliam como um déficit cognitivo, e não visual. Ou como falta de interesse, concentração e atenção.

Portanto, fique alerta! Falhas de processamento visual e problemas oculares impactam diretamente a vida da criança, especialmente em fase escolar.

Quando ler e escrever é um imenso desafio

Muitas crianças chegam ao ensino fundamental, quando iniciam a alfabetização, sem um exame oftalmológico consistente. Ou seja, que avalie não apenas a acuidade visual, mas também a capacidade de discriminar cores, a função oculomotora e a visão binocular (o oftalmologista precisa fazer uma avaliação completa, fique de ?).

Enxergar o quadro, ler e escrever demandam habilidades visuais para perto e para longe, para que as palavras não pareçam um borrão. E os olhos devem focar bem e movimentar-se corretamente para que as letras não comecem a “dançar” e a leitura flua.

dificuldade de aprendizagem relacionada a problemas visuais

Você concorda que não seria nada fácil aprender as palavras se elas não fossem nítidas, nem ficassem ali paradinhas no quadro ou no papel? Então, como não perceber?

Pois é, não é simples para o escolar reconhecer que algo está errado, porque para ele todo mundo vê desse mesmo jeito.

Daí ele não se sente seguro para ler em voz alta, tem baixa autoestima por não ler tão bem e não realizar suas tarefas tão rápido como os colegas.

Embora não seja óbvio para os pais e professores, é possível notar que algo não está bem. Para chamar a atenção dos docentes, um experimento americano realizado pelo Dr. Richard Maharaj propôs a quatro professoras vivenciar como é realizar as tarefas em sala de aula para crianças com miopia, insuficiência de convergência, ambliopia e astigmatismo (veja no vídeo).

Elas sentiram na pele as dificuldades que muitos alunos têm no seu dia a dia. Perceberam que é natural nessas condições o estudante não querer ir à escola e não demonstrar interesse pelos estudos. A capacidade de obter e processar a informação é prejudicada!

Dificuldade de aprendizagem relacionada a transtornos visuais

A visão borrada, que faz tudo parecer fora de foco e nebuloso, é um sintoma de miopia, hipermetropia e astigmatismo.

Com miopia é complicado enxergar longe. Como transcrever a lição do quadro negro ou acompanhar o professor e seus gestos.

Já com hipermetropia a imagem do que está próximo é que fica distorcida. Então torna-se complexo observar detalhes em um desenho, ler e escrever.

E com astigmatismo tudo fica borrado, o tempo todo.

Pensa no constante esforço visual que é exigido da criança em suas tarefas escolares. Ela sente fadiga, dores de cabeça, dificuldade de se concentrar e de compreender o que lhe é ensinado.

Outros sinais podem estar presentes quando os dois olhos não trabalham juntos como um time: durante a leitura números e palavras parecem mover-se e saltar como se fossem sair da página; o aluno pula palavras, perde a linha…

Desinteresse?

É muito difícil manter o foco e ela instintivamente vai tentar aliviar o estresse simplesmente desviando sua atenção da atividade que está realizando.

O estudante olha para fora da janela, em volta do ambiente, distrai-se e causa distrações evitando a tarefa. Ele tende a sair com frequência para tomar água, ir ao banheiro ou qualquer coisa que a permita aliviar a sua tensão.

São alguns sintomas de problemas visuais relacionados à dificuldade de aprendizagem que também são comuns ao TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), mas poucos pais sabem. Claro que um diagnóstico não descarta o outro, é importante investigar!

Sobretudo, cabe uma reflexão quanto à importância de a criança ir ao oftalmologista anualmente após os três anos. O seu filho já foi?

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